
A Ozonioterapia tem uma aplicabilidade ampla na medicina e odontologia. E para entender sua ação, começaremos pela sua história e evolução.
O ozônio foi descoberto em 1840, pelo Dr. Christian Friedsch Schoenbein, que sentiu um odor característico quando o oxigênio era submetido a uma descarga elétrica. Em 1857, Dr Von Siemens, desenvolveu um gerador de ozônio e já em 1893, Nikola Tesla patenteou o primeiro gerador de ozônio, criando o Tesla Ozone Company. A ozonioterapia começou a ser validada durante a primeira guerra mundial (1914-1918), onde os médicos alemães e ingleses tratavam os soldados feridos com o óleo ozonizado. E o início da ozonioterapia que conhecemos hoje, aconteceu em 1935, quando o médico austríaco Erwin Payrd foi submetido ao tratamento de ozônio pelo seu dentista. A partir daí, a sua aplicabilidade vem crescendo no mundo, principalmente nos países desenvolvidos.
No Brasil, a ozonioterapia foi incluída como nova prática na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, pelo Ministério da Saúde, na portaria №702 de 18 de março de 2018. Vale ressaltar que ela já era difundida e aceita antes da descoberta do primeiro antibiótico, em 1928, por Fleming.
Mas vamos entender o que é o Ozônio...
O ozônio é constituído por três átomos de oxigênio, ou seja, é o oxigênio triatômico (O3), uma forma energética mais alta que o oxigênio molecular (O2), obtido a partir de uma descarga elétrica, através do gerador de ozônio. A ozonioterapia é a utilização terapêutica de ozônio, através da sua injeção no corpo humano, por via venosa, intra muscular, intra articular, retal, vaginal e tópica. Com o objetivo de modular a maioria das funções celulares, fazendo do ozônio um ativador do sistema de sinalização induzindo o próprio organismo a ativar suas funções biológicas vitais, através da antioxidação.
E a ozonioterapia participa, de forma essencial, para a limpeza e manutenção do nosso terreno biológico. Mas o que seria terreno biológico? Ele é toda a matriz extracelular que circunda as nossas células. Vamos fazer uma analogia. Imagine um aquário cheio de peixes: a água ali contida seria o terreno biológico, e os peixes as nossas células. E se a água do aquário estivesse suja, você acredita que os peixes viveriam bem e saudáveis nesse ambiente? Se ele fica doente, faz sentido tratar o peixe e manter água contaminada? Sentido não faz. Então, se nosso terreno biológico está em mau estado, é difícil ter um corpo sadio, com saúde e livre de doenças.
Na odontologia, podemos utilizar em várias especialidades: endodontia, dentística, hof, cirurgias, prótese, e as demais. Já é utilizado no auxilio de tratamento a cárie, destruindo bactérias, vírus e fungos e diminuindo a possibilidade de uma reinfecção. E de acordo com estudos, a sua ação não interfere no sistema de adesão entre a estrutura dentinária, adesivo e resina composta. A utilização da água ozonizada para irrigação pós cirúrgica também tem mostrado excelentes resultados, assim como para os tratamentos endodônticos. Dessa forma, a utilização de medicações alopáticas são diminuídas.
Portanto, com essa quantidade de informações que temos hoje, a longevidade e qualidade de vida estão ao alcance de todos. A dica, é ter consciência, e utiliza-las da melhor forma possível.
A Ozonioterapia tem ampla utilização para a saúde e também com excelentes resultados de forma segura, sem efeitos colaterais. Fico muito feliz em ter contribuído!